LIVRO FAZ CRÍTICA A MEDICALIZAÇÃO DA VIDA
Nos dias 09 e 10 de novembro, o Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade promoveu, em parceria com o PPGE-FACED-UFBA, a PROEXT e a CAPES, o I Seminário Nacional de Educação Desmedicalizada: compromissos ético-políticos na produção de vida coletiva no chão das escolas.
Entre as atividades, no dia 10 de novembro, às 18:30, houve o lançamento do livro “Existirmos, a que será que se destina? Medicalização da vida e formas de resistência”. Um dos capítulos deste livro, intitulado de “A medicalização como estratégia de controle social” teve como uma das autoras a Dra. Maria Fernanda Barros, farmacêutica responsável pelo CIM (Centro de Informações sobre Medicamentos) do CRF-BA. Também foi autor deste capítulo Jose julian lopez, responsável pelo Centro de Informações sobre Medicamento da Universidade Nacional da Colômbia.
Organizado por Lygia de Sousa Viégas, Elaine Cristina de Oliveira e Hélio da Silva Messeder Neto, o livro reúne, em cinco partes, capítulos escritos, sobretudo, pelos palestrantes nacionais e internacionais do V Seminário Internacional A Educação Medicalizada, de 2018, e propõe uma critica à medicalização da vida, à luz das questões de classe, raça, gênero, sexualidade, capacitismo, etc. Também fizeram parte da escrita palestrantes do Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade, movimento social fundamental na construção de estratégias coletivas de enfrentamento à medicalização no Brasil.
Todos os capítulos da obra reverberam a pergunta que deu mote ao seminário: “existirmos, a que será que se destina?”, afinal, questionar qual o destino da existência humana significa questionar as estruturas em que se vive.
Esses profissionais devem, inicialmente, se colocar no lugar do paciente, ou seja, conhecer os seus fatores culturais, sociais e psicológicos, a fim de vê-lo como um ser social e não uma doença em abstrato.
Trecho do capítulo “A medicalização como estratégia de controle social”.