Dra. Sayonara decidiu que criaria sua própria oportunidade ao empreender

Quase todas as pessoas que começam no mercado de trabalho devem passar pela situação de terminar a faculdade e não encontrar uma oportunidade de emprego. É preciso ter experiência e uma série de requisitos que os empregadores exigem. Foi exatamente o que aconteceu com a Dra. Sayonara Bessa, de 23 anos.

Dra. Sayonara Bessa veio de uma família de comerciantes. Quando ainda era adolescente, depois das aulas do colégio, ela cuidava da banca de jornal do pai e atendia os clientes quando ele não estava presente.

O interessante é que a banca ficava em frente a uma farmácia de grande rede. Nesse estabelecimento, uma pessoa específica chamava a atenção de Dra. Bessa, a farmacêutica. Sayonara passou a observar e admirar a forma que a farmacêutica agia, a atenção que ela dava aos pacientes e sua postura na Farmácia.

No terceiro ano, quando precisou escolher uma profissão, ela se perguntou “por que não seguir os passos de quem se tornou um exemplo e uma referência para mim?” Assim, Dra. Sayonara optou por Farmácia. No entanto, depois de se formar, como foi dito, não conseguiu emprego. Por esse motivo, decidiu empreender, e hoje é sócia proprietária da Alphafarma, no Litoral Norte.

“Coloquei na cabeça que criaria minha própria oportunidade. Sei que estou engatinhando ainda, vou acertar e errar, mas nada como uma farmácia cuidada por um farmacêutico. A farmácia não é só um estabelecimento para comércio, lida com vidas, isso que a torna tão especial”.

Confira abaixo uma entrevista com a Dra. Sayonara Bessa sobre empreendedorismo farmacêutico:

1. Quais foram seus maiores desafios quando decidiu começar a empreender na área farmacêutica?
R: Sem sombra de dúvidas, foi enfrentar a concorrência das grandes redes, descobrir alguma forma de se manter “vivo” no mercado, algo que nos destacasse dos outros.

2. O que você acha que pode ser feito para que mais farmacêuticos empreendam?
R: O farmacêutico tem que ser mais incentivado. O processo todo para abrir empresa ainda é bastante burocrático, o que pode fazer alguns dos nossos colegas desanimarem, isso com certeza deveria ser repensado.

3. Qual conselho você daria para um farmacêutico que quisesse começar a empreender?
R: Perseverança é a palavra. Tenha paciência, conquiste seu público. Esteja dentro do seu negócio, faça tudo correto, trate cada pessoa que entrar como um membro da sua família, esse será o seu diferencial. É o que te manterá vivo e o que te tornará grande.

4. O que você espera do futuro da profissão farmacêutica e do seu negócio?
R: Para todos os profissionais, meus colegas farmacêuticos, incluindo a mim e meu negócio, desejo sucesso. Há espaço para todos nós que estudamos muito, nos aperfeiçoamos e merecemos isso.

5. Quais são os maiores benefícios que você enxerga sobre empreender?
R: Na prática é: nós sabemos o quão complicado está o mercado de trabalho. Trabalhar muito, ganhar pouco e muitas vezes sem perspectiva de melhoria e crescimento na empresa. Empreendendo, o trabalho não vai ser pouco, mas a satisfação de trabalhar dentro do seu próprio negócio não tem igual! Ver a coisa fluir, ver dar certo, não tem preço, e todos deveriam sentir isso.

O Conselho Regional de Farmácia do Estado da Bahia está trazendo uma série de entrevistas com farmacêuticos empreendedores porque acreditamos no potencial da nossa categoria. Mas também sabemos que empreender não é fácil, que exige dedicação e coragem. Esperamos que mostrar histórias de superação e sucesso de pessoas que conquistaram o próprio negócio na área farmacêutica possa te inspirar a seguir esses exemplos e tentar atingir tudo que sonhou para sua carreira.

Para críticas, elogios e sugestões de pautas entrem contato com a ASCOM pelo e-mail ascom@crf-ba.org.br.