O recente caso de uma mulher internada no Rio de Janeiro, após usar um Ozempic falsificado, trouxe à tona um problema alarmante: o aumento da circulação de medicamentos piratas no Brasil. Ela adquiriu o produto em uma farmácia, mas o medicamento falsificado causou reações severas, exigindo atendimento médico imediato. Infelizmente, esse não é um incidente isolado – casos de venda de Ozempic falsificado têm crescido, e as consequências para a saúde podem ser graves.

A pirataria de medicamentos é um crime que coloca vidas em risco e compromete a saúde pública. Medicamentos falsificados podem conter substâncias tóxicas ou ineficazes, além de serem produzidos sem nenhum controle de qualidade. Muitas vezes, esses produtos não têm o princípio ativo necessário ou, pior, contêm substâncias que podem agravar o quadro clínico, como insulina aplicada indevidamente em pacientes que não têm diabetes. Isso pode causar graves episódios de hipoglicemia, como alertou o laboratório Novo Nordisk, fabricante do Ozempic original.

A venda de medicamentos falsificados é ilegal e configura um grave crime contra a saúde pública, previsto no Código Penal Brasileiro. Quem comercializa ou distribui esses produtos está sujeito a penas severas, incluindo detenção. Além disso, os consumidores que compram medicamentos de procedência duvidosa estão se expondo a riscos que podem ser fatais.

Nesse cenário, o farmacêutico, além de dispensar o medicamento adequado e seguro, também é o profissional que pode ofecer orientações fundamentais para a eficácia do medicamento. O CRF-BA reforça a importância de contar com a orientação de um farmacêutico em todas as etapas do tratamento. Somente ele tem o conhecimento técnico necessário para identificar medicamentos de qualidade, alertar sobre possíveis riscos e orientar o uso correto.

Além disso, o farmacêutico pode identificar medicamentos falsificados ou de procedência duvidosa, orientando os pacientes sobre como evitar esses produtos.

O CRF-BA realizará, no dia 22 de novembro, no município de Lauro de Freitas, a palestra “Pirataria de produtos submetidos à vigilância sanitária e tráfico de drogas na modalidade medicamentos controlados: responsabilidade criminal”. As inscrições serão abertas em breve. Acompanhe as redes sociais do Conselho para não perder esta oportunidade.