O DIREITO DA GESTANTE NA LUZ DA LEI MARIA DA PENHA É TEMA DE EVENTO DO CRF-BA
O CRF-BA promoveu, na quarta-feira (25), um debate sobre “O direito da gestante na luz da Lei Maria da Penha”, com as presenças desembargadora Nágila Brito, e da secretária de Políticas para as Mulheres, Julieta Palmeira.
Moderado pela coordenadora do GT das Mulheres do CRF-BA, Dra. Soraya Amorim, o evento contou ainda a presença da vice-presidente, Dra. Ângela Pontes. Realizado na sede do Conselho, em Ondina, com presença de público, o encontro foi transmitido pelo canal do CRF-BA no Youtube, onde pode ser assistido a qualquer momento.
A proposta do tema surgiu com o lançamento, no início deste mês, pelo Ministério da Saúde, da sexta edição da Caderneta da Gestante, um documento utilizado nos atendimentos do SUS em todo o Brasil.
Essa nova publicação traz informações contrárias às práticas atuais de combate à violência contra a mulher. A caderneta estimula, por exemplo, a episiotomia, um corte feito na vagina durante o parto, que não possui nenhuma evidência científica de funcionamento e nem tem apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 2018.
Ao dar as boas-vindas ao público que acompanhava o evento na plateia e pela internet, a Dra. Ângela Pontes destacou a campanha “Sinal vermelho contra a violência doméstica”, que conta com a adesão de farmácias de todo o país, que tem obtido ótimos resultados.
“O objetivo é incentivar denúncias por meio de um “X” desenhado na mão e exibi-lo ao farmacêutico ou ao atendente da farmácia. Assim, a vítima poderá receber auxílio e acionar as autoridades”, lembrou a vice-presidente do CRF-BA.
A desembargadora Nágila Brito elogiou a iniciativa do CRF-BA em tratar desse assunto tão importância, não apenas para as farmacêuticas, mas para todas as mulheres. “Ao disseminar informações sobre a violência contra a mulher, em especial a violência obstétrica, é possível buscar formas de garantir a segurança e os direitos da gestante, da parturiente, da puérpera, bem como do bebê”, afirmou.
Médica geriatra e integrante do movimento de mulheres desde a década de 70, a secretária Julieta Palmeira destacou a relevância da inserção dos farmacêuticos nas equipes interdisciplinares de saúde. “Esse debate é fundamental para que possamos ter profissionais engajados em oferecer um serviço mais humanizado às mulheres. Parabéns ao CRF-BA e ao GT das Mulheres”, declarou.
Durante o debate, a Dra. Juliana Venet Paraíso relatou sobre a violência obstétrica que sofreu ao procurar um hospital, quando estava gestante.
A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, por meio de um vídeo apresentado durante o evento, também parabenizou ao Conselho pelo tema do debate.
O GT das Mulheres é coordenada pela Dra. Soraya Amorim, e conta ainda com a atuação da Dra. Ana Patrícia Dantas, Dra. Alessandra Guedes, Dra. Eliana Fiais, Dra. Luciana Manganelli, Dra. Soraya Amorim, Dra. Maria Fernanda Barros e Dra. Carol Tannus.